As funções do baixista

   Olá pessoal, esta é nossa primeira conversa sobre contrabaixos aqui no Café. Muito a gente vai falar sobre esse que, para mim, é o mais interessante dos instrumentos musicais. E para começar, vamos discutir algo de muita importância: a função do baixista.
       Se você ligar o rádio e começar a passear pelo dial de FM vai encontrar um vasto repertório musical. Tantos ritmos, estilos musicais e intérpretes que mal você se lembrará do que escutou no último dia. Porém, tão diferentes que sejam as opções, elas têm muita coisa em comum. Quer um belo exemplo? A presença do contrabaixo.
       O contrabaixo é usado em quase tudo que é chamado de música popular. E, em todas essas áreas de atuação, o baixista precisa saber que existe uma função específica para seu trabalho. E é isso que tanto os ouvidos especializados, quanto o daqueles que nada sabem de música, vão querer que ele desempenhe.
      A música costuma ser composta por três elementos: melodia, harmonia e ritmo. Pense que estamos falando de sua banda ou equipe de louvor. Você precisa de alguém que passe uma mensagem principal. Essa mensagem é a melodia, geralmente quem a executa são vozes ou instrumentos, no caso da música instrumental. Servindo de base para esta melodia há instrumentos que montam acordes, geralmente a gente usa teclado, violão ou guitarra. Estes aí fazem da parte da harmonia. E existe a turma que forma o ritmo, como a bateria e a percussão.
     O lugar do contrabaixo, nessa história, é que define qual a sua tarefa. Na maioria dos casos, o contrabaixo desempenha um papel único e importantíssimo que é a ligação da melodia e do ritmo da música. É só você parar e perceber que o contrabaixo, ao mesmo tempo em que faz as notas com o teclado ou violão, está acompanhando o bumbo da bateria.
     Ele serve como elo entre os acordes e a "levada" que a música tem. Por isso, é comum ver as pessoas reclamarem que a música ficou estranha quando não tinha baixo tocando com a bateria. Elas só não souberam explicar, mas acontece que, nesse caso, não houve uma combinação das partes.
      Por isso, também é normal ver o baixo tocando tantos estilos. Todos eles precisam de uma combinação entre o ritmo e a harmonia, e é claro que essa combinação tem que estar alinhada à melodia. Dessa forma, o baixista precisa ser cauteloso em sua atuação, pois sua função é vital para o bom andamento de uma canção. O baixista tem que ser educado o suficiente para entender isso e desempenhar o seu papel de maneira competente.
      O grande problema dos baixistas é não achar toda essa responsabilidade suficiente e querer fazer a parte dos outros. Eu me refiro aqueles casos em que o cara, ou a menina, querem enfeitar a música inteira com o baixo, e acabam não conseguindo fazer nem o deveriam.
       Eu ouvi de um grande músico certa comparação referente ao contrabaixista. Ela dizia que nós somos como os zagueiros no futebol. Apesar de a bola não estar com a gente o tempo inteiro, não podemos vacilar. Até porque, se isso acontece, o adversário marca o gol. E só aí é que a torcida dá conta do seu trabalho. Por isso é que precisamos estar atentos. O bom desempenho da música depende muito de nós e de nosso controle. 

       É claro que há um momento do jogo em que também podemos chegar à outra área para cabecear, mas isso acontece em momentos muito específicos e bem pensados!

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